Querido, teu nome me visita à noite
Como se a escuridão te devolvesse
Sento na cama, e por um segundo
Te vejo parado à beira do tempo
Não digo nada, não te peço nada
Apenas respiro tua lembrança
Às vezes, minha alma te inventa
Só pra não sentir o vazio nu
Há noites em que não durmo por medo
De acordar e esquecer teu olhar
Tenho medo de te perder de novo
Mesmo já tendo te perdido antes
Vivo com o cuidado de lembrar
Como se amar fosse proteger memória
E assim te mantenho onde és eterno
No espaço secreto que é só meu
Com saudade noturna, Eulália. 6 de junho de 2025