No silêncio das encruzilhadas da vida,
Nos perguntamos: o que é errado?
É o caminho que não escolhemos?
Ou é a estrada que, em algum ponto, nos abandona?
O que é errado entre os caminhos e os reencontros?
Será a falha que nos assombra ou a esperança que,
Por um fio, teima em se renovar?

O erro, talvez, não seja o fim, mas a travessia
De quem, perdido, tenta encontrar sentido.
Ele é a dor que nos marca, a insegurança
Que nos faz repensar o que não entendemos
E, por um momento, duvidamos da própria direção.
Mas, será que o erro é mesmo falha?
Ou apenas o ritmo da vida, que nos ensina
A cada passo, a cada tropeço,
Que o percurso é, muitas vezes, mais importante que a chegada?

Entre os caminhos e reencontros,
Vivemos a busca incessante por algo que parece faltar,
Mas que, na verdade, está dentro de nós,
Silencioso, esperando o momento de se revelar.
Os reencontros são como chaves,
Que giram nas fechaduras das portas fechadas
Nos convidando a abrir novas perspectivas
A perceber que o erro não é o obstáculo,
Mas a lição que surge, por vezes, disfarçada.

E o que é errado, afinal?
É a caminhada que não seguimos?
Ou é o medo de errar que nos paralisou?
Entre os caminhos e os reencontros,
Descobrimos que o verdadeiro erro
Está em não tentar, em não buscar, em não se reinventar.
A cada passo dado, mesmo vacilante,
Estamos nos reencontrando com nós mesmos,
Com os nossos próprios medos, desejos e vontades.

E, então, o que é errado
Deixa de ser algo a temer.
Ele se torna uma oportunidade,
Uma abertura para crescer, para mudar,
Para nos tornarmos mais inteiros, mais humanos.
Entre os caminhos e os reencontros,
O erro não é o fim, mas o recomeço
De um ciclo sem fim, onde somos sempre novos,
Onde aprendemos, evoluímos, nos redescobrimos.

O erro não é o abismo onde caímos,
Mas a ponte que nos leva ao lugar
Onde ser quem somos é o maior acerto.
E, assim, entre os caminhos e os reencontros,
Erramos para encontrar,
Erramos para nos refazer,
Erramos para renascer em cada escolha,
Até que, finalmente, o que antes parecia perdido
Se revele como a chave que abre o que há de mais verdadeiro
Dentro de nós mesmos.