A brisa fina ilumina a vida,
a alma caminha, desliza, suspira,
a tarde se alonga, se apaga, se finda,
a rima respira, se embala, delira.
E a névoa leve navega, vagueia,
e a estrela acesa adormece, se inclina,
e o rio murmura, murmura e se enleia,
e o tempo desliza na areia tão fina.
Na linha da vida, da lida, da lira,
no brilho da bruma que canta e respira,
meu sonho se alonga, se entrega, se vira,
num verso que voa, vagueia, delira.