Entre a Luz e a Sombra
Imploro-te, ó meu amor, clareza,
Quando me conturba com tristeza, sinto estranheza!
Nos mais ímpios dos segredos,
Quando me perco na sua escuridão,
sinto medo!
Insana é a paz que emana sintonia;
Quando a calma na alma entranha,
sinto harmonia!
Melancolizado pela exiguidade,
Quando o amor me consome,
sinto saudades!
Singra-te o mais breve Alentejo,
Quando há simetria no doce beijo,
sinto desejo!
E no balançar do vento lanço a rede;
Quando entre o amar e seu mar navego,
sinto sede!
Assim alço voo nas asas da magia;
Sinto êxtase de alegria quando a liberdade
me desafia!
A este amor doentio que me cega
E a tudo que a mim entrega, certamente
confio!
Edbento