Enquanto o poeta dorme
o sono rouba-lhe o sonho
a TV rouba-lhe o tempo
a saudade lhe inspira
as tristezas vertem-se em lágrimas
e o tempo branqueia seus cabelos.
O poeta dorme
com ele o silêncio
a poesia e a rima.
O poeta dorme
embriagado pelo vinho
sua cabeça rodopia e zumbe
badalo de um sino estridente.