Em que infância?

Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de Meneses
Publicado em 26 de Fevereiro de 2024 ás 15h 20min

Em que infância?


Em que infância deixei 
De amá-lo.
Por um instante apenas,
Em quê?


Lembro-me, que na infância,
Tudo era risos espontâneos,
Por detrás das cortinas das manhãs.
E que tudo tinha o aroma,
Das sedas das rosas brancas.
Dos jardins desconhecidos.
Das maçãs maduras,
E já arrebentadas no chão,
Tudo era um sereno, silêncio.
Por detrás do riso feliz.
Da criança desconhecida!


Diga-me em que infância?
Deixei de amar,
Estes cabelos negros,
Caídos nos ombros tristes,
Nebulosos olhos serenos.
Diga- me!


Agora que cresci, estou um velho,
Quase na curva da morte,
Tenho remorsos das coisas da juventude,
Mas da infância não!
Lembro-me que tudo,
Que tudo parecia calmo,
Por detrás, da lua cheia, tudo!


Agora que estou velho,
Aprendi, que a infância,
É um sonho delicioso de sonhar.
É apenas a ilusão, e a incerteza
Da vida, e que nada faz mas sentido,
Do que a certeza, da morte.
É, e pensar que tudo era calmo, 
Aos olhos serenos da infância.
Tudo!

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