– Quem és tu, ó Rei dos Judeus?

–  Sou Cristo, filho de Deus!

Sou o amor.

Sou o perdão.

Sou o afeto.

Sou bálsamo para a ferida.

Sou a fonte da vida.

O menino Jesus

nasceu em Belém

para ser nossa luz

para fazer o bem.

Um beijo de traição.

Jesus lavou os pés.

Pilatos lavou as mãos.

Sou o irmão esquecido.

Sou o pródigo arrependido.

Sou o negado.

O açoitado.

O humilhado.

O vilipendiado.

O crucificado.

A dor que não se apaga.

Os espinhos e a chaga.

A via-crúcis

do Pretório ao Calvário.

Soldados sanguinários.

A barbárie e a cegueira atrozes,

a impiedade e a injustiça,

foram seus algozes.

A dor que não se apaga.

Os espinhos e a chaga.

Crucifica-o! Crucifica-o!

Gritavam, ensandecidos!

– Qual fora seu delito?

– Blasfêmia! Haviam dito.

Era verdadeiro, estava escrito:

Jesus, amor infinito!

O itinerário do horror.

O percurso da dor.

Da humilhação.

Da expiação!

Sou o filho de Deus!

Sou Jesus de Nazaré

Sou a esperança e a fé.

O amor que se propaga.

A luz que jamais se apaga.

Sua história já conhecemos,

entretanto nos esquecemos

de todos os seus ensinamentos

e transformamos seu sofrimento

em poeira do desfazimento.

O martírio.

O suplício.

A compaixão.

A cura.

O pão.

A ternura.

A luz,

nos conduz,

perdura.

A humanidade.

Cristo Jesus.

A Santíssima Trindade.

Uma vida de humildade.

Uma vida de bondade.

Uma vida de santidade.

Uma vida de amor.

Jesus Cristo Nosso Senhor.

Pai Nosso e redentor.

A alma santa e pura

Reconhece e cumpre a Escritura:

Jesus, nos foi enviado e anunciado:

Viva o Cristo ressuscitado!

Viva o amor abençoado!

Ecos do silêncio da dor.

Ecos da reverberação do amor.