Se o acaso não pode levar-te a mim,
nem a rota incerta desviar teu trilho,
sabe, amor, que és meu doce jardim,
onde a saudade germina em brilho.
Se teus passos seguem a poesia,
os meus, rendidos, vão ao teu encontro,
pois é nas letras que a alma ardia
e em teus versos eu me desencontro.
Se te calas, amor, não temas a fala,
pois em teu silêncio eu leio o anseio,
e se o tempo os abraços embala,
na eternidade, serei teu esteio.