Doce Perdição

Poemas | Carlos Roberto Ribeiro
Publicado em 27 de Janeiro de 2025 ás 19h 06min

Não sei como fui gostar tanto assim de você,

que me inquieta, me invade, me transforma,

como o vento molda as areias do deserto,

sem aviso, sem descanso, sem fim.

 

Sou seu homem, preso ao seu querer,

um cometa em órbita cega ao redor do seu brilho,

sua presença é meu sol, minha sombra,

e ainda assim, sua ausência me devora.

 

Dizem que sou dependente, prisioneiro,

mas o que sabem eles do mistério do desejo?

Você me faz e me desfaz,

e eu, no caos do seu mundo, encontro meu sentido.

 

Se amar é perder-se, que assim seja,

pois prefiro o abismo de você

à segurança de um vazio sem nome.

 

 

Comentários

Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.