Na primeira vez que morri
No céu uma estrela se apagou
A musa triste se desencantou
Fugiu desesperada quando morri
Na segunda vez que morri
O doce encanto se pranteou
Com o olhar esguio se afastou
Chorou desesperada quando morri
Na terceira vez que morri
Me avisaram o quanto é perigoso
Exalar o proibido perfume da flor
Tive a prova certa de que morri
Pois tornava-se fugidia a paixão e o gozo
Da vida em que se morre de amor.