DISFARCES
Carrego em mim um mundo inteiro,
mas visto um riso passageiro,
um disfarce feito de luz,
enquanto a alma se reduz
ao fardo oculto e verdadeiro
que me acompanha por inteiro.
São medos, culpas, cicatrizes,
silêncios longos, vozes rudes,
desejos presos no passado,
sonhos que dormem sufocados.
Mas sigo erguendo os meus disfarces,
Irradiando felicidade em minha face.
Ninguém percebe o que me pesa...
Ninguém vê as sombras frias
que me arrastam ao abismo,
pois no reflexo sou apenas
alguém que esconde as próprias penas,
alguém que finge ser tão leve
enquanto o peito desaba e treme.
Disfarces... quem não os tem?