Dilacerada.

Poemas | Rose Correia
Publicado em 04 de Março de 2025 ás 07h 40min

Dilacerada

 

Arrancaram minha pele,

tiraram minhas entranhas,

me expuseram por inteiro,

sem dó, sem armas, sem mãos.

 

Fiquei aberta em silêncio,

um buraco escancarado,

vulnerável, indefesa,

sem saber se sobreviveria.

 

Respirei, apenas isso.

Sem esperança, sem memória,

sem vestígios de quem fui,

e tudo aconteceu

sem ao menos me tocar.

 

 Rose Correia.

Comentários

Belo poema! Muitas reflexões!

Lorde Égamo | 04/03/2025 ás 20:54 Responder Comentários

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