Dilacerada
Arrancaram minha pele,
tiraram minhas entranhas,
me expuseram por inteiro,
sem dó, sem armas, sem mãos.
Fiquei aberta em silêncio,
um buraco escancarado,
vulnerável, indefesa,
sem saber se sobreviveria.
Respirei, apenas isso.
Sem esperança, sem memória,
sem vestígios de quem fui,
e tudo aconteceu
sem ao menos me tocar.
Rose Correia.
Comentários
Belo poema! Muitas reflexões!
Lorde Égamo | 04/03/2025 ás 20:54 Responder Comentários