Mesmo com o amor que em meu peito habita,
Devo abrir as mãos e deixar partir,
É um adeus que a alma grita,
Mesmo que o coração implore para ficar.
Amor, como pássaro, nasceu para ser livre,
E eu, na minha dor, entendo essa verdade,
Por mais que dentro de mim ainda vibre,
É tempo de soltar, aceitar a realidade.
Nas asas do destino, esse amor agora voa,
Para além do meu alcance, além do meu querer,
Deixo fluir as lágrimas que a saudade sussurra,
Mas sei que é preciso perder para aprender.
Mesmo amando, é preciso dizer adeus,
Pois há caminhos que se cruzam, mas não permanecem iguais.
Então, com um suspiro, solto esse laço,
Deixo o amor seguir, como folha ao vento,
Guardarei as lembranças em um abraço,
E seguirei em frente, com novo ânimo.
Amar é também libertar,
E embora doa, embora arda,
É preciso deixar o amor voar,
Para que em outros céus, encontre sua morada.