DESILUSÕES
Quando começo acreditar
O copo de cristal cai, espatifa
Impossível juntar milhões de cacos
E refazer como era antes
Se possível fosse, sempre apareceriam as emendas
Poderia adorná-las com ouro
Aos olhos alheios, diriam ser arte
Mas, meu coração sempre saberia que são remendos.
Frágeis remendos de cicatrizes profundas
Uma sobrepõe a outra, e mais outra
Até quando o brilho falso durará?
Até quando vai conseguir enganar e me enganar?
Um segundo, uma palavra
Tudo se quebra novamente
Pó
Pó de coração ferido
Pó
Pó de ilusões desfeitas
Arraigado em amores acabados, remendados
Decepção.
Obs.: Este poema faz parte do livro: Mafalda Moreno e Convidados.
Comentários
Eita...
Dilly | 08/04/2022 ás 18:28 Responder Comentários