Desgraça Absoluta: A Náusea Insaciável da Existência

Poemas | Antologia Ed Bento e convidados - Os espinhos não ferem as rosas | Maria Fernanda Sousa
Publicado em 16 de Junho de 2024 ás 10h 20min

Nas palavras cheias de dor e rancor  
Vejo um desabafo de desamor  
Onde a crueldade se faz presente  
Na descrição de um ser inexistente  
 
Odeias seu jeito de ser e existir  
Numa análise difícil de resistir  
Ressaltar a fraqueza que carrega  
Na cruel expressão que arregaça  
 
Idiota, estúpida, sempre a decepcionar  
Não consegue, sempre a falhar  
Tenta ajudar, mas quebra ao final  
E se vê sozinha, num triste vendaval  
 
Suas mentiras, seu fingimento no ar  
Máscara que teima em se desvendar  
Mas há nesse poço de tentativa  
Uma sombra de esperança retida  
 
É difícil te suportar, conviver contigo  
No magoar, uma tentativa de abrigo  
Mas descubro, para minha própria dor  
Que odiar a si mesmo é um erro de rigor  
 
No turbilhão de desgosto e infortúnio  
Talvez vislumbrar um lampejo de união  
Quebrar as correntes do ódio profundo  
E descobrir no amor a verdadeira redenção  
 
Ademais, nesse poema onde repousa a mágoa  
Percebo a complexidade da alma que se desagua  
Em versos que desafiam a própria razão  
Por trás do ódio, quem sabe, uma nova canção. 

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