DESCONSTRUINDO A ALMA

Poemas | Edson Bento
Publicado em 15 de Fevereiro de 2024 ás 20h 57min

Desconstruindo a alma 

 

Saio deste corpo com a alma em

trapos 

Este é meu último dia neste mundo 

Horrendo 

Para não acabar morrendo, agora sou

humano galático!

 

Vou correndo nas veias, apático e

desnorteado

Enzimas alucinantes corroem por todos

os lados

Sangue envenenado que não quer mais

pulsações!

 

Meus ossos agonizantes foram se

decompondo 

Derramando sobre solos de desertos

encharcados 

Mas, que mesmo assim produziam frutos

delicados! 

 

Vejo lá dos altos paralelepípedos sólidos e

íntegros

Na direção de labirintos e vastos

precipícios 

Desaparecendo no infinito sem chegar a

lugar algum!

 

Sou uma cauda de cometa 

Fragmentada 

dando voltas e voltas nas rotas

apagadas 

De um coração alado em um planeta

de ilusões!

 

Edbento!

 

 

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