Desconstruindo a alma
Saio deste corpo com a alma em
trapos
Este é meu último dia neste mundo
Horrendo
Para não acabar morrendo, agora sou
humano galático!
Vou correndo nas veias, apático e
desnorteado
Enzimas alucinantes corroem por todos
os lados
Sangue envenenado que não quer mais
pulsações!
Meus ossos agonizantes foram se
decompondo
Derramando sobre solos de desertos
encharcados
Mas, que mesmo assim produziam frutos
delicados!
Vejo lá dos altos paralelepípedos sólidos e
íntegros
Na direção de labirintos e vastos
precipícios
Desaparecendo no infinito sem chegar a
lugar algum!
Sou uma cauda de cometa
Fragmentada
dando voltas e voltas nas rotas
apagadas
De um coração alado em um planeta
de ilusões!
Edbento!