Nosso amigo infelizmente ficara viúvo. (Que palavrão feio. Ainda puxam o u viúuuvo!).
Enfim todos consolavam e davam conselhos: para afugentar a solidão você precisa adotar um bichinho. As sugestões foram diversas: uma diarista nordestina logo sugeriu uma cabra. Outros falaram em adotar passarinho, peixinhos, gatos e cães.
Uma parente mais próxima explicou que hoje em dia existem mini porquinhos, a coisa mais lindinha.
-- Mas onde vou fazer o chiqueiro? obtemperou o viúvo.
-- Não é porco fedido é bichinho de estimação, fica dentro de casa.
As sugestões aumentavam e nosso amigo pôs um fim na querela e, aproveitando um black Friday, presenteou-se com uma pequena shit zu.
Abriu-se logo concurso para o nome da criaturinha. Votavam filhos, netos e bisnetos. Apareceram os mais interessantes nomes. Um bisneto, menos esclarecido sobre o sexo, sugeriu: Epaminondas, Arquimedes... Por certo seria escolhido não fosse a pequena do sexo feminino.
Para que corresse com lisura o pleito, ele fez um regulamento:
Artigo primeiro: O chefe sempre tem razão;
Artigo segundo: Na incrível hipótese de alguém discordar, entra imediatamente o artigo primeiro.
E a criatura recebeu, na pia, o lindo nome de Mel.
Uma juíza aposentada, amiga da família, ainda comentou:
- Bem democrático.