No silêncio do véu que envolve a noite,
Surge ela, etérea, entre sombras e luz,
Seu corpo, em movimento, se dissolve em brasas,
Uma chama viva, onde a alma reluz.
O vermelho do vestido flui como o fogo,
Rasgando o ar com a intensidade de um grito mudo,
Cada gesto, uma história não dita,
Cada giro, um universo profundo.
Seus braços são asas que tocam o infinito,
Seus pés desenham constelações no chão,
No vazio, ela encontra o vento,
Na solidão, ela encontra canção.
Há um incêndio em seu peito,
Um clamor que o mundo não pode conter,
E na dança, ela se desfaz em cinzas,
Para, em chamas, renascer.
Queima, oh espírito livre,
Que se faz dança, fogo e paixão,
Na arte de existir sem limites,
Na poesia que há no corpo em ascensão.
Comentários
Seu belíssimo Poema retrata a arte muito além da arte, é a dança da vida em forma de poesia. Parabéns!
ADAILTON LIMA | 13/09/2024 ás 18:42 Responder ComentáriosObrigado, Nobre Poeta!
Carlos Roberto Ribeiro | 13/09/2024 ás 19:14