Você espera encontrar o relato de uma pessoa completamente transtornada? Talvez você encontre isso, depende do ponto de vista.

Como cheguei à psiquiatria?

Bom, em uma consulta de rotina minha pressão arterial estava nas alturas, ao contrário de meu histórico de pressão baixa, sentia dores no peito (o que confundi com sintomas de infarto) e uma angústia emocional terrível que nem descrevo por não dar conta de nomear.

Meu médico, um ser muito sensível, olhou nos meus olhos e disse que eu era forte demais, mas que precisava de ajuda. Naquele momento, senti que alguém me compreendia, vi que alguém percebia minha fragilidade por atrás da aparente força e as lágrimas saltaram dos meus olhos.

Ele puxou rapidamente um bloco de encaminhamentos e anotou psiquiatria URGENTE. Eu sabia que aquilo era sério, sabia que tinha que ir, era chegada a hora. Não me deixei levar pelas minhas crenças, mas concentrei-me em meu sofrimento e o quanto eu desejava sair dele.

Procurei imediatamente uma consulta, encontrei somente um médico para dali dois dias. Fui à consulta, sem muita expectativa. Estava desesperada, mas não acreditava muito que os remédios pudessem me auxiliar.