CRIANÇA DA/NA RUA
Te falta chão
Te falta pão
Até o amargo te é doce
Mesmo que te provoque a tosse.
Se o presente te é duro
Nem imagino o teu futuro
Haverá nele muita pobreza
com muita dor e tristeza.
Nem sempre é órfão
As vezes sofre em vão
As vezes se deve a uma madrasta
Que o maltrata, que o arrasta.
Oxalá que de ti a sociedade tivesse sentimento
E se criasse para ti centros de acolhimento
E do teólogo e psicólogo tivesse aconselhamento
Para teres melhor crescimento.
JC, 10/12/2020