Coração minimalista.
Cansei de ser seu palácio
Onde você queria morar.
Agora sou minimalista,
Não há espaço para você ficar.
Não me perco nos espaços
Que eram o grande palácio.
Agora sou como um pássaro,
Que aprendeu a voar.
Não sinto mais o teu cheiro,
Nem me prendo aos teus encantos.
Agora, em outro conto,
Encontro meu encanto.
Voando como um pássaro,
Vivendo o minimalismo,
Não quero mais ser o palácio
De alguém que só ocupou o espaço
Do mundo que hoje vivo.
Os espaços estão preenchidos,
Depois que decidi
Não ser mais o palácio
De alguém que eu conheci.
Minimalista me tornei,
Então, compreendi
Que solitude não é solidão.
Em pouco espaço, então,
Eu sobrevivi.
Nos mínimos detalhes,
Eu me conheci.
A minha solitude
Ocupará os espaços do meu palácio,
Até que encontre quem queira
Ser minimalista
Dessa vida passageira.
E contemple a solitude,
Não confundindo com solidão,
Podendo ocupar todos os espaços
Do meu grande palácio,
Que é meu coração.