Meu coração deveria ser de pedra,
Para resistir às punhaladas da vida austera.
Cada golpe, como uma lâmina afiada,
Deixou marcas, na minha alma cravadas.
No silêncio da noite, ecoam as feridas,
Punhaladas invisíveis, cicatrizes perdidas.
A carne arde, mas o coração persiste,
Como uma estátua de pedra que não desiste.
A dureza fria, um escudo de defesa,
Contra as agruras que a vida me pesa.
Mas, oh coração, ainda pulsas com fervor,
Mesmo entre pedras, há espaço para o amor!
A cada punhalada, uma lição gravada,
Na pedra do peito, a história talhada.
Mas há beleza na resistência,
Do coração de pedra, que abraça a tristeza.
Que as pedras se tornem a melodia que me guia.
Pois no coração de pedra, há uma alma viva,
Capaz de amar, mesmo quando a dor cultiva.
Que a rigidez não apague a chama da esperança,
E que, ao final, mesmo entre pedras e espinhos,
Flores possam brotar, em jardins divinos.