Estou me consertando, passo a passo,

Ajustando as peças desse coração em pedaço.

Olho para dentro e vejo a verdade nua,

Porque entendo que, às vezes,

Sou a tempestade na meio rua.

Sou eu quem carrego as dores e os medos,

Os ecos do passado que ainda fazem enredos.

E ao reconhecer que o problema também sou eu,

Começo a desatar os nós que o tempo teceu.

Estou me ajustando, como um instrumento desafinado,

Buscando a harmonia em cada tom abandonado.

É um trabalho de amor, um ato de coragem,

De enfrentar meus fantasmas,

De romper com tudo o que não me faz bem.

Às vezes sou sombra, outras sou luz radiante,

Um labirinto de emoções que grita constante.

Mas ao olhar no espelho e ver além da superfície,

Descubro que é na dor que se encontra a meiguice.

Estou me consertando, com calma e compaixão,

Desfazendo os julgamentos que habitam o coração.

Aprendendo a perdoar as falhas do caminho,

E abraçando cada parte como um doce carinho.

Porque eu sou o problema, mas também sou a solução,

E ao me ajustar, crio espaço para a transformação.

Com paciência e amor, vou seguindo na jornada,

Consertando meu ser e dançando com a vida encantada.