Procuro sem cessar o teu brilhante olhar,
e vejo a agitação de teu dedo em riste,
vejo o brilho de teus lábios umedecidos
e percebo que ainda estou confuso.
Procuro no teu andar simples e compassado
o ritmo proeminente e singular de tua anca
e a sutileza harmônica de teus pés sobre o chão
e percebo que ainda estou confuso.
Procuro não estremecer ao ouvir tua voz
a chamar-me para o abismo espinhento
espero na sombra ter uma única certeza
por enquanto estou pluralmente confuso.