CIÚMES

Poemas | Antologia Enoque Gabriel de Moraes e Convidados - Pétalas da alma | Valcastilho
Publicado em 27 de Fevereiro de 2024 ás 12h 58min

Me incomoda imaginar que viveu tão bem e feliz sem mim...

Como pode, beijou outras bocas, deitou-se em outras camas que não era a minha!

Sentiu amores, calores e prazeres sem mim!

 

Como ousou olhar em outros olhos, suspirar por outros perfumes que não era o meu!

Como pode andar tão desinibida, dona da rua...

Sorri e outros te retribui, como pode sorrir para alguém que não seja eu!

 

Não vivo mais, tenho ciúmes

Os dias me consomem...

Perto de você não me sinto suficiente...

Longe de você, a insegurança me consome...

 

Vivo na constância do amor

Na vulnerabilidade do amar

Você se assusta e foge...

Eu desatino!

 

 

 

Comentários

Nunca vi este sentimento, o ciúme, ser descrito com tamanha dose de verdade! Gostei! Percebi que a poetisa usa o seu eu lírico no masculino! Genial!

Enoque Gabriel | 27/02/2024 ás 19:11 Responder Comentários

Quando penso no ciúmes, tenho a impressão de que o homem materializa de uma forma mais carnal e direta, enquanto, a mulher e mais chorosa. Então, a forma de sentir ciúmes do homem é mais catártica, por isso, poeticamente é mais fácil de a aprisionar tal sentimentos em palavras.

Val Castilho. | 27/02/2024 ás 20:04
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