As cores alvoroçadas,

as quentes e as frias,

discutiam acaloradas

em total desarmonia.

“Qual é a cor mais bela e radiante, 

que brilha mais forte e vibrante?”

O Vermelho grita: “Eu sou a paixão, 

o meu tom é quente, sou pura emoção!” 

“Tenha dó,

mas veja só:

não se zangue,

vermelho é sangue.

Sangue é dor!”

Exclamou o Rosa,

sem nenhum pudor.

O Amarelo responde apressado,

com seu brilho encantado:

“Eu sou o sol, o astro-rei dourado,

certamente, sou o mais amado!”

O Verde, sereno, mostrou confiança:

“Sou a natureza, sou a esperança.

Sou o verde que encanta,

sou a vida na planta.

“Meu tom esbanja!!!”

Exibiu-se o Laranja.

“Minha pele arrasa,

sou fogueira e brasa.

Minha tonalidade

significa prosperidade.

“Para ser franco,

sou o mais bonito!”

Gritou o Branco,

meio esquisito.

“Aqui nesta terra,

sou mais sagaz,

onde há guerra

represento a paz!”

“Não importa a cor.

Não importa o tom.

O que importa é o amor.

O que importa é ser bom.”

Pronunciou-se o Marrom.

Quaisquer que sejam os matizes,

sejamos sempre bons e felizes!

E as cores, no fim, concordaram com prazer: 

“Cada cor é única, e todas fazem o mundo florescer!”