Cicatrizes
O tempo não me curou,
mas me ensinou.
Ensinou a levantar com o peso da saudade,
a sorrir com os olhos ainda úmidos,
a seguir, mesmo quando o coração hesitava.
Ele não apagou o que doeu,
não desfez os nós,
mas mostrou que é possível viver com eles —
como quem aprende a dançar,
mesmo com os pés feridos.
Há marcas que não sumiram,
mas deixaram de sangrar.
Viraram memória,
viraram força,
viraram parte do que sou.
E então, um dia,
sem perceber,
pude caminhar.
Não porque esqueci,
mas porque aprendi.
Aprendi que a dor não é o fim —
é passagem.
E que as cicatrizes não são fraquezas,
mas a prova de que eu sobrevivi.
Silvia Santos
Comentários
Realmente! As cicatrizes são o troféu da vitória! Parabéns! Bela reflexão!
Lorde Égamo | 14/09/2025 ás 14:30 Responder ComentáriosPerfeito, reflexão pura!
Edson Bento | 14/09/2025 ás 15:05 Responder ComentáriosLindo poema. Autora consegue transmitir a todos uma excelente reflexão sobre a vida.
Letícia Alves | 14/09/2025 ás 17:07 Responder Comentários