No império do tempo, em horas dispersas,
Uma verdade ressoa, suave e profunda,
Que nem todas as distâncias trazem reversas,
Algumas, ao coração, paz profunda.
É hora, de abrir os olhos,
Ver além do que é tangível e perto,
Nem todos os afastamentos são escolhas,
Alguns são portos seguros, descobertos.
Na tessitura da vida, fios se entrelaçam,
Mas nem todos devem ser apertados,
Existem laços que, ao soltarem, abraçam,
E libertam corações antes aprisionados.
A saudade, doce amarga, pode não vir,
Quando a paz, em seu manto, nos envolve,
Entender isso é permitir-se abrir,
Para um novo horizonte que se resolve.
Distâncias, então, não mais como abismo,
Mas como pontes para novas terras,
Onde o ser encontra seu próprio ritmo,
E na tranquilidade, finalmente, se encerra.
Assim, na harmonia das horas, sábia e antiga,
Aprende-se que nem todo afastar é dor,
Que há caminhos que a alma abriga,
E que, em certas distâncias, se encontra amor.
Comentários
Que lindo! É uma página romântica!
ENOQUE GABRIEL | 09/02/2024 ás 19:14 Responder Comentários