Céu límpido, azul-anil, litoral gentil.

Dias felizes e preguiçosos.

O verde-azul das águas. O sol onipresente.

A areia escaldante. A brisa fresca do mar.

O cenário perfeito para uma história desvelar.

Pus-me a caminhar pela praia.

Era manhã graciosa e bonita.

As ondas chegavam calmas e lambiam meus pés descalços.

Distraído, observava algumas crianças que brincavam à beira-mar. Cheias de alegria ímpar.

No horizonte, surfistas coloriam as ondas gigantescas de coragem.

Vendedores ambulantes, banhistas pescadores, locais e turistas cingiam de felicidade a paisagem.

Sentei-me na areia.

Olhei a minha volta. Meus olhos encontraram os teus.

Nossos olhares dialogaram, sem cerimônia, por horas, aguardando o próximo passo. Corações afoitos em descompasso.

Senti arrepios, calafrios, tremores nunca antes experimentados.

Um torvelinho de emoções e sensações febris espreitavam-nos, bem ali, na areia, sentados.

Sentimentos vêm e vão.

Afrouxam pensamentos, amarram ilusões.

Como pescadores em seus barcos débeis sobre as ondas.

Amores vêm e vão, por vezes, intensos; noutras se esvaem ligeiros, como nuvens de poeira.

Alguns marcam como tatuagem, outros, esfacelam-se como miragem, diante de olhos cansados e sedentos.

Mas este, ardente como o verão, não foi efêmero, tampouco magia.

Fincou raiz e estabeleceu moradia; de arroubo envolveu-nos de paixão.

De olhares entrelaçados a beijos apaixonados, o tempo foi nosso cúmplice e aliado.

Sol, brisa e mar. Sintonia delicada. Água salgada. Mar e amar. Almas lavadas.

O som do mar. Fina melodia. Euforia. Harmonia.

A trilha musical da minha vida

traz da natureza a organicidade

em processo simbiótico de cumplicidade e felicidade,

de genuíno amor, para a eternidade!