CASULOS DE SEDA

Poemas | Lene Santos
Publicado em 18 de Setembro de 2022 ás 02h 25min

Casulos se abrem em dois pares de asas...

Um inseto surge...Tem hábito diurno

Leve , voando ao redor das casas...

Outro , pesado,vai em busca de um lume noturno

Ambos insetos...Ambos numa mesma sintonia

Tiveram casulos em forma distinta :

Um veio à luz em pleno dia;

O outro ,na noite,seu matiz escuro pinta....

Destinos diversos numa espécie única:

A borboleta azul,com o pólen das flores, a natureza cura

A mariposa sensual sempre uma luz procura

Dois insetos-rei arrastando sua túnica.

Um perigo iminente lhes é uma ameaça:

A borboleta azul é a cobiça de um frio colecionador

Sua beleza pode lhe causar dor

Triste e cruel destino a vida lhe traça.

A mariposa, péssimo hábito tem...

Mal sabe ela o perigo que a rodeia

Sempre buscando uma luz no seu vai e vem

Pode queimar seu corpo com o calor , volta e meia.

Breve voo!.Curta vida!

Já cumpriram ambas sua missão.

A beleza delas não foi em vão

Se adultas,dura lhes seria a lida...

A borboleta azul presa foi numa rapidez de açoite

A mariposa, de pesada, ficou tão leve!

Não mais voarão nem de dia e nem de noite

A vida lhes foi demasiado breve.

Adeus pois alegre cor azul celeste...

Adeus então triste cor cinza gris...

Grato por me provarem que a vida é um teste

Eu vou eternizar suas cores com meu colorido giz...

Comentários

Belo escrito nobre poetisa. Parabens.

Eidi Martins | 02/10/2022 ás 08:02 Responder Comentários

Que “massa” a poetisa borboletou um belo poema!

Enoque Gabriel | 02/10/2022 ás 10:33 Responder Comentários
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