Capitalismo Selvagem

Poemas | ADAILTON LIMA
Publicado em 28 de Setembro de 2024 ás 18h 44min

Capitalismo selvagem 

 

O ser humano, por si só 

É o construtor das benevolências terrenas

E ao mesmo tempo, destruidor de nossas reticências.

Ele não coloca vírgulas no trator de suas ambições,

E nos remete ao caos da interrogação e das exclamações.

Usa do modo imperativo,

Para imprimir um papel com marcas d'água 

Sem se importar com as aspas e os parênteses de nossas mágoas.

O egoísmo e a ambição, são aditivos para matar ou morrer,

Onde só existe motivações, da conjugação do verbo ter

As sílabas tônicas do discurso potente e inflamado 

Atraem os mais carentes, que sofreram um grande hiato.

O homem que continua primata, na era paleolítica

Não conhecem limites

Nem acento na sua escrita 

Falam o necessário para enganar

Usando muito pleonasmo

Figuras de linguagem pra citar

As regras de um novo ditado

E como vítimas recorrentes da sanha impiedosa de alguma cacofonia

Nos vemos introduzidos dentro de alguma piada pronta ou ironia.

Pálidos, parados e atônitos, aguardando a singularidade do plural

E quem sabe, escrevermos o próximo parágrafo, dessa saga, sem ponto final.

 

Poema construído, a partir da música, Homem Primata da banda Titãs.

 

ADAILTON LIMA

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