Cân...o ser !

Poemas | Jorge Cassepp
Publicado em 27 de Outubro de 2022 ás 16h 29min

Cân... o ser !

 

Hoje minha face estampa a dor

em minhas lágrimas que escrevem mudas,

o desespero de uma vida e gritam

que querem prosseguir;

uma ordem que vem de cima

sem aviso, e não me da

chance de perguntar

ou  responder ...!

 

Meu rosto se encontra com aquele olhar

assustado em meio do desespero

de uma solidão que me consome;

uma dor , uma dor... que não tem som

só um grande vazio consumindo  

sentimentos de  dúvidas,  que aparecem

neste corredor sem nenhuma luz...

só gritos mudos...

 

Meu Deus, meu Deus porque ?

 

Uma guerra começa acontecer dentro da mente,

tentado definir quem é o bandido ou mocinho,

e a desordem instalada  dentro de

um corpo em desespero

que não existe mais nada.

 

O líder que comandava essa

máquina da vida ,

seus aliados estão enfraquecidos

dos estilhaços e explosões

dos momentos sem aviso

desse inimigo covarde !

 

A mente e o sentimento totalmente

loucos, lutando uns contra os outros

com um monte de perguntas

mudas e respostas sem nenhum som...

 

E essa mente enfraquecida

com seus pensamentos

á beira de um precipício,

tentando dialogar e trazer de volta

a ordem e paz neste corpo bombardeado,

procurando escrever sentimentos 

em papéis amassados  encontrados ao chão

com  alguns lápis quebrados analfabetos

sem saber o que escrever

em  palavras de consolo...

 

Vejo então, uma claridade acontecendo do nada

a mão que era tremula agora

sentindo morada, um calor

que se mistura com outras lágrimas

conhecidas de momentos

de felicidade e amor.

 

E aquele corpo que caminhava em um corredor

escuro, começa sentir a luz

e a mão que conduziu no ontem

que sempre esteve ao seu lado,

hoje limpa minhas lagrimas

mudas sem perguntar nada.

 

Seu olhar me tirou das trevas,

me devolveu a luz do hoje,

me abraçou sem me tocar,

meus lábios ainda tremem

do seu beijo mudo

e só meu !

 

Esse  som mudo é o amor que não

precisa falar, que me faz ver mesmo

em seus olhos fechados

que nunca seremos esquecidos,

porque sempre foi o coração

e alma nossa  porta

de comunicação entre nosso ser...

 

Não é o adoecer agora que vai nos fazer desistir,

desse amor que mais uma vez é

desafiado para fortalecer

e mostrar que não existe limite.

 

Então, os olhos serão lanternas

em nosso caminhar ou farol do navegar,

para não naufragarmos em pedras

que não enxergamos, nessas águas

turvas que vai passar !

 

 

Amo e basta

Jorge Casepp

Comentários

A última estrofe condensa todo sentimento do seu poema! Parabéns!

Enoque Gabriel | 28/10/2022 ás 11:22 Responder Comentários
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