Cân... o ser !
Hoje minha face estampa a dor
em minhas lágrimas que escrevem mudas,
o desespero de uma vida e gritam
que querem prosseguir;
uma ordem que vem de cima
sem aviso, e não me da
chance de perguntar
ou responder ...!
Meu rosto se encontra com aquele olhar
assustado em meio do desespero
de uma solidão que me consome;
uma dor , uma dor... que não tem som
só um grande vazio consumindo
sentimentos de dúvidas, que aparecem
neste corredor sem nenhuma luz...
só gritos mudos...
Meu Deus, meu Deus porque ?
Uma guerra começa acontecer dentro da mente,
tentado definir quem é o bandido ou mocinho,
e a desordem instalada dentro de
um corpo em desespero
que não existe mais nada.
O líder que comandava essa
máquina da vida ,
seus aliados estão enfraquecidos
dos estilhaços e explosões
dos momentos sem aviso
desse inimigo covarde !
A mente e o sentimento totalmente
loucos, lutando uns contra os outros
com um monte de perguntas
mudas e respostas sem nenhum som...
E essa mente enfraquecida
com seus pensamentos
á beira de um precipício,
tentando dialogar e trazer de volta
a ordem e paz neste corpo bombardeado,
procurando escrever sentimentos
em papéis amassados encontrados ao chão
com alguns lápis quebrados analfabetos
sem saber o que escrever
em palavras de consolo...
Vejo então, uma claridade acontecendo do nada
a mão que era tremula agora
sentindo morada, um calor
que se mistura com outras lágrimas
conhecidas de momentos
de felicidade e amor.
E aquele corpo que caminhava em um corredor
escuro, começa sentir a luz
e a mão que conduziu no ontem
que sempre esteve ao seu lado,
hoje limpa minhas lagrimas
mudas sem perguntar nada.
Seu olhar me tirou das trevas,
me devolveu a luz do hoje,
me abraçou sem me tocar,
meus lábios ainda tremem
do seu beijo mudo
e só meu !
Esse som mudo é o amor que não
precisa falar, que me faz ver mesmo
em seus olhos fechados
que nunca seremos esquecidos,
porque sempre foi o coração
e alma nossa porta
de comunicação entre nosso ser...
Não é o adoecer agora que vai nos fazer desistir,
desse amor que mais uma vez é
desafiado para fortalecer
e mostrar que não existe limite.
Então, os olhos serão lanternas
em nosso caminhar ou farol do navegar,
para não naufragarmos em pedras
que não enxergamos, nessas águas
turvas que vai passar !
Amo e basta
Jorge Casepp
Comentários
A última estrofe condensa todo sentimento do seu poema! Parabéns!
Enoque Gabriel | 28/10/2022 ás 11:22 Responder Comentários