Caminho...

Onde?

Até onde?

O que será que tem no fim desse caminho?

Vou seguindo em frente, vez ou outra, olho para trás,

E as curvas que passei já estão longe por demais.

E lá na frente?

Com que será que vou me deparar?

O que há de me esperar?

De passo a passo, lentos, a ilusão me acompanha.

Como será minha chegada?

Onde vou conseguir chegar?

Eu vou chegar?

De alguma forma, chegarei.

Onde, ainda, não sei.

Desde minha partida, fui criando histórias,

Colecionando memórias, registrando meu caminho.

E essas lembranças jamais apagarei.  

Tudo que vivi, não vai ser esquecido,

Mas algumas não fiz questão de trazer junto comigo.

Estou indo, livre, indo, vivendo, indo,

Sem pesos e sem pressa para saber onde vou chegar.

Em muitos momentos fui feliz,

Deixei uma felicidade para viver outra.

Tive tristezas, e foram necessárias e também as deixei,

Mas, será que terei outras?

Ah! Não quero pensar nessa possibilidade.

O que eu não posso, é ter medo.

O que preciso e manter minha ousadia em seguir.

Retornar, é impossível, seria o mesmo que rebobinar

Para viver na mesmice, a mesma rotina.

Afinal, como dizem, o que passou, passou.

E o que me convém?

Penso que não devo ficar sonhando com o além.

O além, pode ter me reservado péssimas surpresas.

Mas também, pode ter preparado boas sobremesas.

Não sei, expectativas não me caem bem.

Então prefiro seguir, passa a passo, meu carinho.