Brisas
Tudo começa com uma brisa…
Com leveza e suavidade
Com maciez e serenidade…
Talvez o Criador sentiu na face
A leveza do ar antes de nos criar
Às vezes a tarde, às vezes pela manhã
Por vezes parado, e também ao caminhar
A brisa sempre aparece
Para levemente refrescar
Para finalmente o vento acalmar
A brisa, diferente do vento forte
Que assanha cabelos, derruba e desarruma a vida
Quase passa incólume nas nossas idas e vindas
Sua presença é marcante na serenidade do pensar, na decisão certa a tomar
E na voz mansa do falar
Vento fraco que já foi furacão, Compôs som de destruição, Mas agora como brisa ajuda
Na reconstrução, suave e com carinho
Sem lembrar que um dia foi redemoinho
Como um menino levado e agitado em outrora
A brisa é um velho agora
Lento, paciente e sem agonia
Livre, sem pressa, cheio de conhecimento e sabedoria, acumuladas em anos
Do tempo que foste ventania
Adailton Lima