Beijo da brisa
Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de MenesesPublicado em 07 de Novembro de 2025 ás 21h 56min
A brisa beija a folha com ternura
num gesto suave, quase um segredo,
as mãos do vento acariciam os sonhos verdes,
despertam sussurros que dançam
na luz tranquila da manhã.
As gotas de orvalho tremem,
testemunhas silenciosas,
e a folha, em resposta,
arqueia-se com gratidão,
abraçando a leveza do ar.
Cada sopro é um poema,
um laço entre o céu e a terra,
como se o universo inteiro
se concentrasse naquela partícula
de vida e beleza.
O sol vai subindo,
pintando de ouro as veias da folha,
e a brisa, com seu beijo terno,
continua a embalar segredos,
narrativas de um dia que começa.
Assim, no encontro simples,
o mundo respira,
e a natureza se espraia,
num balé de sutil harmonia,
onde tudo se une em doce poesia.