Hoje eu acordei, beijei sua foto e chorei,

No silêncio da manhã, tua imagem revelei.

Tremiam as mãos, coração em desalinho,

Nessa dor, eu caminho, perdido e sozinho.

Sinto raiva de mim, neste amor que ainda arde,

Por não conseguir te esquecer, nesta batalha covarde.

É um ciclo sem fim, de lembranças e saudade,

Um labirinto de emoções, perdido na cidade.

Tua risada ecoa, nas paredes do meu ser,

Cada canto, cada espaço, só me fazem te querer.

Nos meus sonhos te encontro, em meus dias, a dor,

É um sentimento profundo, um eterno amor.

Na moldura empoeirada, teu sorriso ainda brilha,

Mas na realidade amarga, tua falta me humilha.

Choro em silêncio, na solidão do meu quarto,

Cada lágrima, um grito, neste deserto inquebrantável.

A raiva que sinto, é uma chama que consome,

Por te amar tanto assim, nesse vazio enorme.

Queria ser forte, esquecer esse sentimento,

Mas tu és o verso, o refrão do meu lamento.

Hoje eu acordei, beijei sua foto, uma vez mais,

Nessa dança de lembranças, tu sempre serás capaz,

De me fazer sentir, o amor que não se desfaz,

Na minha alma que grita, na paz que nunca traz.