AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: uma reflexão em versos de cordel (Parte 2)

Cordel | Antologia Dolores Flor e convidados | Josivaldo Constantino dos Santos
Publicado em 15 de Outubro de 2022 ás 11h 24min

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: uma reflexão em versos de cordel (Parte 2)

Avaliar é uma prática

Natural, mas preocupante

Pois somos avaliados

Toda hora, todo instante

Aquele que avalia

Tem que estar todo dia

Sempre atento e vigilante.

 

Sempre atento e vigilante

Na hora de avaliar

Pra não haver injustiça

No processo de julgar

Errar na avaliação

É andar na contramão

E ao outro prejudicar.

 

E ao outro prejudicar

Isso não pode ocorrer

Por isso, pra avaliar

É preciso conhecer

Conhecer seus fundamentos

Perguntar a todo momento

Se avalia para quê?

 

Se avalia para quê?

Difícil a indagação

Pois isso vai depender

Sempre da concepção

E de um olhar profundo

De como se vê o Mundo

O Homem, e a Educação.

 

O Homem, e a Educação

Escola, Conhecimento

Sobre como se entende

Intelecto, Sentimento

É a partir desse olhar

Que o ato de avaliar

Exerce seu julgamento.

 

Exerce seu julgamento

Todo aquele que avalia

Por isso, o avaliar

Não se faz à revelia

É um processo pensado

Muito bem organizado

Exercido com alegria.

 Exercido com alegria

Parece contradição

Pois quem é avaliado

Vive em constante pressão

Se isso acontecer

Garanto para você

Não é avaliação.

 

Não é avaliação

Um processo doloroso

Construído em bases duras

Com objetivo maldoso

Se não visar crescimento

E amadurecimento

Não é um processo honroso.

 

Não é um processo honroso

Se é para classificar

Para depois excluir

E o todo desagregar

Dizer quem é bom ou ruim

Um processo desse, assim

Só serve pra segregar.

 

Só serve pra segregar

Causar insatisfação

Pois provoca nos alunos

Somente a competição

E quem fica para trás

Se sente um incapaz

E cai na humilhação.

 

E cai na humilhação

Abaixa sua autoestima

Perde a crença em si próprio

Dos estudos desanima

Só estuda por nota boa

Se não tira, desacorçoa

E nada mais o anima.

 

E nada mais o anima

Pra estudar, não há razão

Não consegue boas notas

É certa a reprovação

Ele não se desvencilha

Dessa perigosa trilha

Que o leva a evasão.

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