Autoimagem

Poemas | Carlos Roberto Ribeiro
Publicado em 15 de Setembro de 2024 ás 15h 46min

Na quietude da janela,

O tempo escorre devagar,

Sorriso discreto revela

A calma que vem do mar.

 

O olhar guarda histórias,

Vividas, sentidas na pele,

Trazendo antigas memórias,

Como o vento que a alma impele.

 

Na barba grisalha, o tempo,

Que ensina a serenar,

Cada fio é um momento,

De quem aprendeu a amar.

 

Floresce na camisa a vida,

Como um jardim a brotar,

A essência ali está contida,

Pronta para se espalhar.

 

O aço da grade ao lado,

Não prende o que há de ser,

Pois o espírito alado,

É livre para viver.

 

Entre o céu e o oceano,

Habita a tua paz,

O silêncio é soberano,

E a calma o resto traz.

 

Sete versos, sete dias,

Sete formas de sentir,

Cada uma delas vivida,

Com o dom de evoluir.

Comentários

Sem palavras Lindos versos Estética perfeita Fez da imagem, com todos os elementos, um poema sublime

ADAILTON LIMA | 15/09/2024 ás 17:17 Responder Comentários

No poema autoimagem me fez imaginar me prisioneira em um navio negreiro, que pelo amor insano de um homem é vítima. Senti por semanas este sentimento, a repetição do sete demostra a marcação da passagem do tempo no mar , o sexo feito com quem lhe prende, grudou a camisa com seu suor , sem permissão, que invade a alma, demostra a beleza e morbidez do poema .

Keila Rackel Tavares | 19/09/2024 ás 17:09 Responder Comentários
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