Aurora

Poemas | Dimar Monteiro Sanca
Publicado em 19 de Setembro de 2025 ás 11h 56min

Aurora

 

Saga de tempos misturados 

Por razões que já não vêm ao caso

Talvez seja do acaso

O segredo da poesia

Fico surpreso com o que ela tem a dizer

 

Quando passar a febre

Seja Lobo como Antunes

Romântico como Negreiros

E sereno como Pessoa 

Excerto de uma vanguarda ainda a saber

Mais uma Primavera entre sóis 

Vós guardeis estes retalhos de cetim 

Sobre vozes de um silêncio crônico 

 

Que memórias tão ternurentas!

Já pouco sobra destes olhos a arder

Num horizonte de cinzas

Murmúrio de uma esperança de linhos e lenhas

Vestida de curvas de um desejo qualquer

 

Ainda vi o cheiro 

E o beijo de um sorriso 

Na face da Florbela 

De tudo aquilo que a melancolia faz dizer

Tão diferente esse olhar

A cintilar os monges de outros Tibetes

Céu e mar farrejam

O paradeiro destes Ferreiras

Entre sussurros de próprios enredos

Que já falam de amor e um novo amanhecer.

 

 

 

 

Comentários

Um belo versar, juntando lendas da literatura e poesia, levando-nos a reflexão!

Lorde Égamo | 19/09/2025 ás 14:10 Responder Comentários

Obrigado, mestre!

Dimar Monteiro Sanca | 20/09/2025 ás 07:40

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