AS PUPILAS DILATADAS DOS TEUS OLHOS

Prostrei-me diante do teu olhar

Mas notei que ele estava à frente

Tão distante, um tanto disparado

Contive as lágrimas para não chorar

Afinal este olhar era o que tinha em mente

Logo eu que estive aqui comovente

Sempre presente, amável e do teu lado!

Era neste brilho intenso do teu olhar

Que eu me via pronto para te amar

E assim nas retinas do teu mundo

Me aludi em um sonho profundo

Pensando nunca mais acordar!

Porém, algo que havia em mim perdeu-se

Nas pupilas dilatadas dos teus olhos

O que seria?

Meus encantos

Minha simpatia

Meus alentos

Minha alegria

Foram-se nos ventos

E já não mais te contagia

E assim escrevo “Te Amo”

Todos os dias na areia da praia

E não perco o entusiasmo

Ao ver as marés em seguida apagá-las

É como tivesse os sentimentos renovados

Os ensejos a cada átimo eternizados!

No entanto, vivo uma intrínseca guerra fria

Polarizada entre duplos sentimentos

Um de paixão

Outro de amor

Um evasivo

Outro compulsivo

Um que transborda

Outro que esvazia

E o peito se contorce de dor

E assim pinto o céu com fogo

O fogo do enlevo que arde em desejos

Aqueles que aqueciam nossos beijos

Sem que deixasse apagar as chamas

Nem que tornasse cinzas

E pudesse desaquecer este nosso vulcão!

O vento propaga as labaredas das paixões

Reascendendo amores vivos nas lareiras

Incendiando os nossos corações!

O mar é imenso como a minha solidão

Ele guarda nas suas profundezas

As primazias da minha infinda paixão!

Edbento!