ARMADILHAS DOS SENTIMENTOS
Poemas | Celso de Castro CustódioPublicado em 25 de Agosto de 2025 ás 20h 28min
A luz acendeu iluminando
o teu rosto,
o assoalho ainda tinha marcas
dos teus passos,
não havia mais o velho abajur azul
e a mesinha com vários retratos,
somente a moldura de madeira
com seu nome gravado!
Sonolenta abraçou o outro travesseiro
entre as pernas,
veio cobrindo a cintura acima
do umbigo estendendo até os ombros,
a cortina balançava devido uma tênue
brisa disfarçada,
o dia parou encobrindo a intimidade
enloquecendo o céu rasgando
de saudades!
Os olhos pincelaram o teto querendo
anunciar alguma coisa,
com um toque sutil alisou
seu próprio rosto,
abriu um sorriso de gente inocente
estava toda desarmada,
meneou a cabeça, esticou as pernas
anunciando a madrugada!
Veio se ajeitando ao meu encontro
como a leoa e o leopardo,
quando há fome de amor,
não há trancas de ferros e nem laços,
já está enraizado nas armadilhas
dos sentimentos,
é a vida revelando como o mar
caminhando as ondas sobre os ventos...
Livro: Mar de Poesias