APRENDIZAGEM COLABORATIVA NA CULTURA MAKER: MEDIAÇÃO TECNOLÓGICA NA EDUCAÇÃO

Capítulos de livros | Liliane Inácia da Silva
Publicado em 18 de Agosto de 2025 ás 22h 37min

Introdução

         Mediante as mudanças e as transformações constantesocorridas na sociedade, a escola também passa por metamorfoses.Dessa forma, os profissionais da educação e os estudantes sentem anecessidade de se atualizar continuamente, tendo como mediadora afilosofia da Cultura Digital, por meio da influência do pensamento e dassensações, como atos criativos no processo de emancipação da pessoaem processo de escolarização.

         Crianças e adolescentes, imersos na Cultura Digital, aprendemde diversas formas. Mediadas pelas tecnologias digitais de informaçãoe comunicação (TDIC) e inter-relacionadas com as metodologias ativasmobilizadoras de aprendizagens, estas colocam cada estudante comoprotagonistas de seus processos de formação, nos quais se tornamfabricantes, construtores, reparadores e designers de objetos dos maisvariados tipos e com diversas funções.

        Moran (2017) considera que muitas escolas conseguem acolhere valorizar seus estudantes, estimulando-os para que aprendam.Todavia, há outras que ainda ensinam de forma burocrática,desestimulante e ultrapassada. Para o autor, “As sociedades maisdinâmicas são as que incentivam a colaboração, o empreendedorismoe a criatividade” (MORAN, 2017, p. 65).

            Em tempos de mudanças na Educação mediadas pelastecnologias e a Cultura Digital, o surgimento de novas metodologias deensino e aprendizagem baseadas no desenvolvimento da autonomia eno protagonismo dos estudantes, destaca-se o Movimento Maker ouCultura Maker. Também conhecido como “mão na massa” ou “façavocê mesmo”, esse movimento cresceu significativamente com escolasinvestindo em aulas de robótica, laboratórios makers e em atividadespráticas, elaborando com os estudantes os mais variados projetos.

           O Movimento Maker ou Cultura Maker na escola promove umaabordagem centrada no aprender a fazer, no desenvolvimento deprojetos e na resolução de problemas. Portanto, as diferentesferramentas digitais em ascensão tornam-se instrumentos aliadosdessa metodologia, que coloca o estudante como desenvolvedor ecriador de conteúdo e de conhecimentos técnicos, científicos etecnológicos, como também facilita a aprendizagem colaborativa,incentivando os educandos a trabalharem em conjunto.

             Nesta perspectiva, muitas são as práticas desenvolvidas emconjunto por professores e estudantes na Cultura Maker, com o intuitode ressignificar a ação docente e o ensino e a aprendizagem de crianças,jovens, adultos e idosos na Cultura Digital, a fim de torná-losautores/autoras nesse processo. A partir disso, elegeu-se como questãonorteadora: quais as práticas educativas materializadas em artigoscientíficos que fazem parte do Movimento Maker ou Cultura Maker?

           O objetivo deste trabalho foi investigar, em produçõescientíficas nacionais, práticas docentes relacionadas à Cultura Maker de2020 a 2022, para conhecer e oportunizar aos leitores e aos estudantesas principais características dessa metodologia e os mais importantesentraves para tal prática educacional no contexto atual.

        Como referencial teórico de análise, foram escolhidos textosde autores como Moran (2017), Mattar (2017), Ferreira e Mill (2021),Blikestein, Valente e Moura (2020), dentre outros. A investigação estádividida em 6 partes: 1) considerações iniciais: apresenta aproblemática, o objetivo e a justificativa; 2) fundamentação temática;3) procedimentos metodológicos; 4) os resultados e discussões; 5) asconsiderações finais do trabalho.

Livro: Cultura criador e Robótica: criatividade, colaboração esustentabilidade como possibilidades para a educação.

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