Não sou de ninguém,
porque sou de todo mundo,
um andarilho,
na estrada da vida, sem parada.
Vendedor de ilusões,
de sorrisos rápidos e abraços fugazes,
carrego na bagagem corações
que, distraídos, entregam-se ao meu encanto.
Sou ladrão de afetos,
roubo sonhos na madrugada,
amo fácil, com intensidade crua,
e, no mesmo sopro de paixão, desapego,
desfaço os laços com uma frieza calculada.
Sou anti-herói,
um misto de desejo e dor,
ofereço amores que não permanecem,
sou fuga, sou tempestade.
E assim sigo,
livre, sem pertencer a alguém,
porque, na verdade,
sou de todo mundo e de ninguém.
Comentários
Muito bom!! ????????????
EDNA MARIA RIBEIRO | 04/08/2024 ás 18:48 Responder ComentáriosObrigado!
Carlos Roberto Ribeiro | 06/08/2024 ás 17:11