No eco do tempo, ressoa a grandeza
Do povo negro, ancestral herança
Da terra mãe, berço da humanidade
Brotam saberes, arte e ciência em abundância
O primeiro a desbravar os caminhos
Da medicina, curando com sua sabedoria
São mãos que acolhem, acendem esperança
Nos corpos feridos, alma que se guia
E na filosofia, vozes sábias se erguem
Questionando o mundo e seus mistérios
Reflexões que instigam, despertam consciência
Elevando ideias, libertando impérios
Resistem além da dor, da opressão
Na teia da história, tecem seu destino
Sobrevivem no fogo da determinação
Mesmo encurralados, tornam-se divinos
Sankofa nos chama a olhar para trás
Para encontrar força na memória ancestral
Reverenciar os antepassados, sua luta árdua
E assim no presente, traçar um futuro transcendental
Num mundo que se esquece de sua história
Negam-se passados, culturas apagadas
O povo negro vibra com resiliência
Reconstruindo tradições, fortaleza sagrada
Ancestralidade que se ergue com alegria
Ocupando espaços outrora negados
No palco da vida, brilha a diversidade
Enfeitando o mundo com matizes variados
Mas não podemos esquecer a ferida profunda
Do racismo estrutural, que ainda persiste
Clamamos por justiça, por reparações
Para o fim da dor que a história insiste
Que o futuro seja de igualdade e amor
Que as diferenças sejam celebradas
E que o povo negro, com sua riqueza
Seja sempre respeitado, em todas jornadas.
Livro: Africanidade e Lutas