Confesso, estou farto!
Não sei se fico ou parto,
mas assim não dá mais!
Na solidão do meu quarto,
mesmo as paredes lamentam
a falta que você me faz.
Era amor, por certo.
Mas o seu não era sólido
e não resistiu ao primeiro desvão.
Terá sido tudo em vão?
Será que tudo virou nada?
E nosso castelo foi ao chão?
Pense melhor. Saudade de nós.
Permita-nos outra chance.
Prefiro amor à romance.
Como fecha essa equação?
Era um blefe então?
Ninguém conhece ninguém!?
Que triste conclusão!
Meu amor não pode ser maior que o seu,
nem o seu menor que o meu.
Nosso amor deve ser igual.
Equânime.
Justo.
Amar pela metade é morrer aos poucos.
E nem que eu pareça um louco,
eu amo mais a mim mesmo.
Amor é comunhão.
Fico ou parto?
Amores partirão!
Livro: O que quero da vida