Sinopse:

Nesta fábula encantadora, dois velhinhos vivem lado a lado, mas com formas de pensar completamente diferentes. Um encara o mundo com mente aberta e coração receptivo; o outro se mantém fechado, resistente ao novo. Entre atitudes e escolhas, descobrimos que o verdadeiro aprendizado está em abrir-se para a vida.

Título: Amizade Sincera 

Num dia ensolarado, enquanto crianças corriam e pulavam em uma pracinha da cidade, dois velhinhos conversam em meio ao vai e vem de pessoas, carros, cachorros, gatos e crianças.

Falavam, como de costume, sobre as mudanças do mundo — ou talvez, sobre o que nunca muda: a desigualdade e o poder nas mãos de poucos.

Um deles disse:

— Os dias se vão por entre os dedos... parece que foi ontem, neste mesmo banco, que falávamos do mesmo assunto.

Então retrucou o outro:

— Minha opinião continua igual à de sessenta anos atrás.

— Já você, acredito que tenha mudado de ideia.

Com um olhar sereno, o velhinho respondeu:

— Nós, seres humanos, estamos em constante evolução. Uns para melhor, enquanto outros complicam a mente e morrem presos a ideologias retrógradas e desonestas.

Não existe uma fórmula secreta capaz de mudar ideias corrompidas…

Mas precisamos manter a dignidade. Se você pensa de uma forma e eu de outra, isso não deve manchar nossa amizade.

— Eu só te faço uma pergunta: quem vai pagar o almoço?

O velhinho ficou sem resposta.

O outro sorriu, como quem entende mais do que diz, e o tempo pareceu parar por um instante...

Então ele continuou a sorrir... a corda, afinal, sempre arrebenta do lado mais fraco…

Moral:

Nem sempre o tempo muda as pessoas, mas o respeito entre as diferenças é o que mantém viva qualquer amizade.

Por: Rose Correia.