Ambígua Insônia

Poemas | Romeu Donatti
Publicado em 21 de Abril de 2024 ás 21h 40min

Parece que é minha nova sina,

a insônia tem virado rotina,

tem me despertado.

E diariamente me deparo,

com sucessivas noites em claro.

Desligo a luz.

Sento-me na cama.

Rezo.

Deito-me.

Quinze minutos...

Trinta minutos...

E nada.

O sono não vem!

Viro,

desviro,

reviro-me,

para lá,

para cá,

e nada,

O sono não vem!

A cabeça não para,

não descansa,

cansa.

Pensamentos povoam

meus sonhos acordados.

Não são doces,

ao contrário,

são enredados.

Levanto-me,

ando pela casa,

um copo d'água para refrescar.

Recosto-me no sofá.

Pensamentos vêm,

ideias vêm,

o sono, porém,

esse não vem!

Folheio um livro,

leio algumas páginas.

Me livro do livro.

Verifico o celular.

Mas o sono não vem!

Que terrível mal-estar!

A insônia martiriza.

O relógio avisa,

já é hora de voltar.

Volto ao quarto,

repito todo o processo.

Recomeço,

viro,

reviro,

desviro,

mas o sono não vem!

Deitar e não dormir

é um pesadelo,

ainda que acordado.

É um sono malogrado.

Mesmo sem dormir,

é um pesadelo!

 

Mas há um lado bom

da afligente insônia.

Não é o direito,

nem o esquerdo da cama.

É diante das palavras,

que prodigalizam minha mente,

quando a inspiração se inflama!

Livro: O que quero da vida

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