Amantes efêmeros, sussurros no éter,

Nas entrelinhas do tempo, a se entrelaçar.

Nas volúpias ardentes do amor transcendente,

Dançam almas inquietas, sedentas de contente.

Encontram-se na confluência dos destinos,

Na órbita celeste, onde nascem os hinos.

Em cada toque, verso e verso, deslizam,

Entrelaçam-se nas rimas que eternizam.

Amantes das palavras, das letras dançantes,

Vão construindo a trama, na alma vibrante.

Nas páginas em branco, delineiam a quimera,

Entre suspiros e suspiros, a melodia se impera.

No éter, as almas se buscam, sedentas,

Buscam o êxtase, o delírio que alimenta.

O enlevo inebria, na dança dos sentidos,

Os amantes se perdem, se encontram, se unem de ouvidos.

Envolvidos na teia de desejos, se entregam,

Desvendam segredos, tesouros que carregam.

Em cada encontro, o amor se faz transcendente,

Nas súplicas poéticas, na paixão insurgente.

Amantes, versos alados em sinfonias mudas,

Desbravam universos, rompem fronteiras desnudas.

Numa dança sublime, na cadência do prazer,

Os amantes se fundem, o mundo se perde no entardecer.

Em êxtase, os amantes mergulham nas águas do amor,

Nas correntezas ferventes de um intenso torpor.

E assim, nas alvoradas, nos crepúsculos em delírio,

Os amantes se imortalizam, em um laço de suspiros.

Amantes, efêmeros, mas eternos na memória,

Deixam pegadas douradas na trajetória.

Ecos dos versos que entrelaçam corações,

Permanecem na eternidade, nas canções.

No éter, os amantes se encontram, se desvelam,

Na harmonia perfeita dos sonhos que revelam.

E, mesmo que o tempo os separe no amanhã,

O amor dos amantes será eterno, em cada manhã.