Amanheço no crepúsculo dos dias,
adormeço no canto do sol,
rio entre tempestades vazias,
choro nas flores do arrebol.
Sou voz no silêncio das pedras,
sou sombra no clarão do luar,
sou ânsia nas veias da calma,
e calma nas margens do mar.
Entre o sim e o não me refaço,
entre o começo e o fim sou canção,
sou partida no instante do abraço,
e reencontro na solidão.