ALUSÕES
O sol se põe e fica um vazio
Criado pelas alusões do dia
São tantos os percalços
Que juntando os pedaços
Só se colam com magias!
Sabe aquela angústia que aperta
Aquelas amargas lágrimas caídas
Deixando o travesseiro molhado
Tão recente ainda não é passado
Tornando-se cacos de uma vida!
O dia que mal amanhece
Anuncia a tristeza pela frente
Nem mesmo aquela xícara de café
Muito menos aquela ardorosa fé
É capaz de ocultar o que se sente!
O sono perdeu-se pelos caminhos
Os sonhos enveredaram labirintos
A viagem é um parco turno matinal
Um túnel escuro sem luz no final
Uma vida totalmente em desalinho!
Desapegos vão apagar as pegadas
Refazendo a rota da esperança
E, quando voltar desta viagem
Chegue forte com mais coragem
Não deixando feridas e manchas!
E no juntar de todas as peças
Todos os dias uns meros caquinhos
Vão sobrar alguns resquícios
Para fortalecerem outros inícios
E não se perder nos descaminhos!
E para a noite abrandar
Um céu partido ao meio, dúbio luar
Brota no coração uma canção de Amor
Pode a dor uma noite durar
Mais um novo dia sempre vai raiar
E, quando menos esperarmos, clareou!
Edbento!
Comentários
Vejo profunda tristeza e melancolia em suas letras, porém, uma beleza ímpar. Alguém me disse certo dia "os poemas tristes são os mais belos"
ENOQUE GABRIEL | 12/10/2023 ás 14:07 Responder ComentáriosQue maravilha de poema, triste mas de uma grandiosa beleza em sua sua escrita.
Eidi Martins | 12/10/2023 ás 18:36 Responder ComentáriosQue maravilha de poema, triste mas de uma grandiosa beleza em sua sua escrita.
Eidi Martins | 12/10/2023 ás 18:38 Responder Comentários